Suécia, o ano é de 1501, uma orquestra vem sendo muito bem
sucedida pela sua divina musicalidade, envolvendo todas as classes sociais.
Isso foi mau visto pela igreja, visto a dita orquestra roubar a atenção dos
fiéis. A igreja concluiu que era feitiçaria e começou a chamar eles de A
Orquestra do Diabo, e condenou a todos por enforcamento. No entanto, cartas
foram deixadas para os descendentes daquela formação para que se reunissem
novamente.
Bom, essa historia é intimamente relacionada à banda sempre
que você procura algo sobre eles nos sites de busca, não se sabe a autenticidade
desse registro, mas o objetivo do Diablo Swing Orchestra é agradar e atrair a
todos os estilos, tipos e classes. A banda existe desde 2003 e possui um vocal soprano feminino de AnnLouice
Lögdlund e o vocal de Daniel Hakansson. A banda tem 3 álbuns lançados,
trabalhados em conceitos, com grande influência do canto clássico, western,
samba, marchas, indianos etc. unido ao rock. É um estilo que vem ganhando
espaço nos últimos anos, conhecido como Avant-garde metal. A banda esteve no Brasil no ano passado, se apresentando na casa de shows "Inferno" a pedido dos fãs do Brasil inteiro que fizeram uma petição.
O primeiro álbum, lançado em 2006 chamado The Butcher’s
Ballroom trabalha todo um western e dark cabaret, possui um ar irônico e cômico
nas musicas. Ele é dividido em 2 atos, o primeiro ato compreendendo d a
primeira musica “Balrog Boogie” até a sexta faixa, chamada “Velvet Embracer” e
o segundo ato compreende da sétima faixa,
“Gunpownder Chant” até a última faixa Pink Noise Waltz. Cada musica
desse álbum é uma abertura para uma surpresa diferente, instrumentos aborígenes, pegadas árabes, flamencos, líricos,
para terminar numa valsa mista de elementos barrocos thrash metal e termina com
um jazz.
O segundo álbum lançado em 2009 foi Sing Along For The
Damned & Delirious te leva a um circo dos horrores, é realmente uma loucura
“Ai que loucura, ai que delicia”, diria Narciza Tamborin... sei lá como se
escreve o nome daquela mulher. É um album que misturou muito de castanholas,
vocais teatrais, vozes distorcidas e mostrando toda a loucura para o ouvinte. Vodka Inferno leva você ao estilo "bebi e estou dançando" Rasputin ao estilo circense na
sala. Mas sem duvidas que a ultima faixa leva você a uma viagem pelos estilos
explorados pelo album e te leva além com
os vocais.
E finalmente o terceiro álbum, lançado em 2012, Pandora’s
Piñata, que abordou os 7 pecados capitais de uma maneira muito divertida. Abrindo o álbum está Voodoo Mon Amour, que
lembra muito o jazz agitado com bateria e
com vocais exageradíssimos de Ann. A ultima faixa, Justice for St Marie
é uma faixa épica, a minha favorita, tem pouco mais de 8 minutos, e possui uma textura
orquestral muito linda com a voz do Daniel, e mistura um pouco da batida
industrial, se tomando uma esfera obscura, é uma transformação pelos minutos
que a musica passa. O álbum conta com Guerrilla Laments que tem uma pegada de
samba (sério, você se sente ao meio de um desfile de escola de samba com metal),
existe faixas que te levam ao mundo lírico como Aurora e à fúria da marcha de
um exercito na potente voz de Ann como em Of Kali Ma Calibre. E o que dizer
então de Black Box Messiah e seu coral japonês que é cantado por 3 marmanjos
fazendo vozes de crianças?
Se você está cansado
de ouvir aquela coisa padronizada do metal sinfônico, mas sem fugir muito do
metal, é altamente recomendável. Te digo que ouça essa banda com a mente
aberta.
Bom, essa foi a dica da semana, espero que gostem.
Por
Rodrigo Paulino
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